o mestre LUA com ABDIAS de lado
‘garrou na mao de MARINES e foi pra la
abracado com LOURO a pajeuzar
surgiu TOINHO e seu baiao bem violado
JACINTO veio com seu ‘JACK’ pandeirado
trouxe ARY LOBO GORDURINHA e muito mais
chega depois LAMPIAO com todo o gas
soltando a sabia de DANTAS da gaiola
era o namoro do fole com a viola
naquele ceu em que a lua inventa a paz
o vento versoPATATIVA foi chegando
‘amuntado’ n’asa branca de HUMBERTO
MARCOLINO semeou o poema certo
colheu cantigas pro seu povo bom e brando
de monteiro veio PINTO versejando
trouxe a concordia amancebada com o amor
CANCAO desensinava o que era dor
felicidade nesse dia fez escola
era o noivado do fole com a viola
naquela esquina em que o ceu descobre a cor
foi se achegando todo o povo brasileiro
a poesia espalhou se pelo ar
VITALINO pegou barro pra moldar
um boi bonito pra esse casal faceiro
o PADIM CICO num milagre verdadeiro
fez um coral com mais de quarenta LINDUS
rezou a missa no final sinal da cruz
abencoou os noivos com sua estola
no casamento do fole com a viola
naquela curva onde o sol concebe a luz
os poetas repentistas violeiros
tocadores sanfoneiros todos foram festejar
sou testemunha desse acontecimento
desde o primeiro momento eu tambem estava la
desde o namoro no araripe comecado
no moxoto o noivado desse casal tao feliz
no pajeu foi que deu se o bole bole
o casorio do artista fole com a viola atriz
me diga ai ze brown se voce tambem tava na festanca se na danca voce tambem foi dancar
eu tive que dancar e fazer parte dessa historia pois fica na memoria um conto bom de se contar juntando o rap o repente e a toada o aboio e a embolada a gente faz uma fusao ai mistura o coco com o forro e tudo numa nota so pode fazer um baiao e o som do sertao dificil de decifrar sei la e deixar a natureza declarar registrar todo aquele momento entre os dois instrumentos que trataram de se juntar vamos la vou recitar a poesia assim a viola dizia no pe do mourao esperando o fole que se fazia de mole numa bela cancao de coracao e de onde vem a juncao e a criacao e onde surge a festa e a diversao por isso eu fui dancar sem parar pergunte a xico bizerra testemunha ocular dancei suei ate gastar a sola no casamento do fole com a viola
naquele ceu em que a lua inventa a paz
naquela esquina em que o ceu descobre a cor
naquela curva onde o sol concebe a luz